•  quinta-feira, 02 de maio de 2024

O seu sorriso pode aumentar a sua imunidade, promover bem estar e definir sua personalidade

O filósofo, poeta e psicanalista Fabiano de Abreu identifica os tipos de sorrisos

Sorrir é bom, quase uma terapia. Dar boas risadas faz bem para a saúde. Ao sorrir, o nosso organismo libera endorfina e trabalha mais de 70 músculos da face. Muitos afirmam que o sorriso é um santo remédio para o corpo e para a alma, mas agora uma nova teoria vai além e aponta que cada tipo de sorriso carrega consigo propriedades únicas.

O filósofo, poeta e psicanalista Fabiano de Abreu enxerga o sorriso de uma forma holística e traz teorias embasadas em seus estudos do comportamento humano sobre o impacto do sorriso na saúde e no bem estar humano: “O tipo de risada define a quantidade das substâncias químicas libertadas e essas são associadas ao bem-estar. O sorriso é complexo; sorriso é movimento do rosto, dos ossos e nervos e a parte química associada. Sua intenção e intensidade ao sorrir definem a quantidade de bem-estar que estará injetando na sua vida no presente e te rejuvenescerá para o futuro.

Sorria para turbinar a imunidade

Segundo Fabiano, sorrir pode fortalecer o sistema imunológico e prevenir infartos: a risada também definirá o aumento de anticorpos que ajudam no combate às doenças, alivia a tensão física, promove o relaxamento e é um bom remédio para quem tem dores crônicas. Além disso, sorrir aumenta o fluxo sanguíneo e protege de ataques cardíacos e doenças cardiovasculares.”

Sorria para uma vida social mais ativa

No comportamento social, o sorriso pode ser um cartão de visitas para os outros e um convite a aproximação: “o sorriso mostra sua simpatia, reduz e disfarça o medo. Desconstrói a ansiedade, ameniza a negatividade e passa confiança. Sorrir pode ser um bom mediador de conflitos e uma porta de entrada para que você seja uma pessoa interessante”.

Diz-me como sorri e eu te direi quem és

O filosofo categoriza os principais tipos de sorrisos e aponta o que cada um diz sobre nossa personalidade. Confira:

Gargalhada: este é para pessoas extrovertidas e faz bem junto aos amigos de que gostamos e em que confiamos.

Sorriso largo: é um sorriso generoso, daquelas pessoas que estão sempre abertas, receptivas.

Sorriso verdadeiro: é aquele que chega lento, leve e torna-se solto como o vento leve que não perturba. Ele mexe com as pálpebras e passa cognitivamente sinceridade e confiança.

Riso intermitente: é um sorriso que mostra otimismo e um ótimo sorriso para começar o dia.

Riso que contagia: é aquele que promove o sorriso alheio e que nos faz sorrir sem saber o motivo.

Riso sem os dentes: este é um tanto quanto de pessoas controladoras.

Riso de canto de boca: é aquele sorriso escondido, mas pode ser meio maquiavélico também. Como uma comemoração de algo que a pessoa não quer demonstrar que ficou feliz.

Riso falso: este provoca mudança de expressão facial. A tonalidade do som da risada é distorcida, os olhos não se mexem, pois estão atentos à percepção ambiente para saber se vão perceber que é falso.

Riso rápido: este é de pessoas egoístas, pessimistas ou introvertidas.

Abaixo mais um release

A cultura influenciou uma mudança do comportamento humano em suas fases da vida, afirma filósofo

O século XX foi um marco em diversos aspectos, inclusive na forma como a cada década, a cultura, as roupas e os costumes mudavam rapidamente. Em 100 anos houveram mais transformações e avanços na medicina, tecnologia e diversos outras áreas do conhecimento como jamais havíamos testemunhado, e isso trouxe implicações na vida cotidiana em relação a aspectos culturais e comportamentais, e este processo segue acontecendo agora, em pleno inicio da segunda década do século XXI.

O filósofo, psicanalista e pesquisador Fabiano de Abreu aponta algumas destas mudanças: “Por séculos a criança era vista como um complemento do trabalho dos pais, que viviam trabalhando arduamente na agricultura e na criação de animais, entre outras tarefas ligadas ao quotidiano doméstico. No século XVIII e inícios do século XIX tínhamos uma infância bem mais curta e discussões sobre o trabalho infantil começaram a surgir. Um menino ou menina com 5 ou 6 anos já trabalhava e era tratado como adulto no período da revolução industrial sujeitando-se a condições muito duras e demasiado difíceis para as suas idades. Depois, o século XX surge e culmina em três décadas atípicas dos anos 70 aos 2000 em que a criança começou a ser vista como isso mesmo, uma criança. Eram tratadas e mimadas como tal. O “mimo” continuou, de uma maneira diferente, com os pais comprando o tempo e satisfazendo-as com objetos. A sexualidade precoce devido a cultura e ao fácil acesso a informação e conteúdos incentivou ao que chamo de “crianças mimadas com liberdade libidinal.”

Impactos dos novos tempos e tecnologias

Para Fabiano de Abreu, a infância e a inocência se perderam em um mundo de iniciações precoces: “hoje em dia verificamos que a infância inocente é um período relativamente curto. A criança assume-se como um ser sexualizado muito mais cedo, mas mentalmente não possuem uma consciência real disto. Os nossos jovens são precoces mas ao mesmo tempo são infantilizados por mais tempo. Os adultos são considerados jovens durante mais anos e a velhice esconde em si tratos joviais que antigamente não se verificavam”, aponta.

Categorização

O filósofo categorizou as principais mudanças comportamentais enfrentadas por jovens e adultos nos tempos atuais em fases, expondo as particularidades de cada uma:

Infância encurtada – A cultura e o maior número de informações (sejam elas adquiridas pela internet ou interação social), que anteriormente não eram recebidas pelas crianças, conjugadas com a evolução cerebral acelerada, consequência da evolução tecnológica tiveram um papel preponderante nesta mudança ocasionam numa infância encurtada. Isto faz com que crianças reajam a estímulos, sexuais mesmo antes de conhecer o seu próprio corpo ou estarem preparadas. O acesso à vida adulta e a maior liberdade faz com que tenham pressa de chegar a uma fase da vida que, quando alcançada, terão saudades e vontade de voltar a serem crianças. É a “Síndrome da Porta Giratória.” Numa eterna volta. Sempre na tentativa de eternizar a fase onde a felicidade está na irresponsabilidade”.

A adolescência prolongada – O consumismo gerou uma necessidade financeira que mantém os jovens mais tempo com os pais. As mães com o reflexo da solidão, consequência da sociedade atual e devido aos novos perigos como a violência e más companhias, tornaram-se mais protetoras induzindo assim o filho a ser mais dependente. As gerações anteriores tinha toda segurança e nenhuma liberdade. A Geração atual têm total liberdade e nenhuma segurança. É necessário parar e rever esta equação para encontrar o elo perdido, restabelecido o equilíbrio. Entre o sim e o não, o tudo e o nada, há muito e muitas questões que necessitam de discussão.

Os adultos são garotões – A cultura e a questão financeira promoveu a que os homens pudessem ter mais acesso a mulheres mais novas, fazendo com que adotassem uma cultura de “garotões” para “igualar” a idade da companheira.

A velhice mais jovem – A internet fez com que pessoas mais velhas tivessem acesso a informações variadas. O mundo virtual já não é exclusivo dos mais jovens e é partilhado por gente de todas as faixas etárias. Os mais velhos são agora mais atualizados e pertencem ao mundo das novas gerações. A velhice não é tão pesada no sentido em que pode ser efetivamente vivida e deixou de ser vista apenas como uma espera pelo fim. A própria sexualidade mudou entre os mais velhos. O sexo continuou a fazer parte das suas vivências e o namorar voltou a não ser visto como tabu numa idade avançada. Ser velho passou a ser apenas um número e não uma realidade que tem que ser necessariamente vivida dentro dos paradigmas que assistíamos em décadas anteriores. Assistimos hoje a uma terceira juventude na terceira idade.

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