•  sexta-feira, 17 de maio de 2024

Estudo projeta fim do coronavírus no Brasil até agosto

Segundo estudo feito em Singapura a partir de modelos matemáticos complexos indica que o mundo vai superar a pandemia até meados de dezembro deste ano. Para o Brasil, o cenário é mais favorável segundo essa previsão: venceremos a Covid-19 entre 1º de junho e 23 de agosto deste ano.

A estimativa usa dados das autoridades de saúde em 131 países com a evolução dos casos, incluindo tempo de hospitalização dos pacientes, e é atualizada diariamente com as novas informações, o que faz as datas previstas para o fim da epidemia variarem ao longo do tempo. No caso dos números do Brasil citados nesta reportagem, os dados se baseavam na situação em 27 de abril.

Veja o gráfico que o gráfico que a Singapore University of Technology and Design produziu sobre a evolução do coronavírus no Brasil:

Responsável pelo estudo, o pesquisador Jianxi Luo defende em um trabalho onde explica sua metodologia que “a evolução da Covid-19 não é completamente aleatória” e que estimar uma data para o fim da pandemia é “importante mentalmente para cada pessoa e estruturalmente para guiar o planejamento dos países. Mas é naturalmente difícil, dada a incerteza inerente ao futuro”.

O modelo estima que a China, país onde foram registrados os primeiros casos do novo coronavírus em humanos no final do ano passado, deve superar a Covid-19 ainda em abril. Já os países em que se espera que o vírus demore mais a desaparecer são Catar e Bahrein, que devem enfrentar a pandemia até fevereiro de 2021, segundo o modelo.

Porém, apesar de a análise ter sido feita com base em dados oficiais, o estudo pode não refletir a realidade. Isso porque, no Brasil, a explosão de mortes por doenças respiratórias e de óbitos registrados em cartórios indicam uma forte subnotificação de casos de covid-19.

O país atingiu nesta terça-feira, 28, a marca de 5.017 óbitos pelo novo coronavírus e, com esse resultado, entrou para a lista dos dez países que mais registram vítimas da doença.

O infectologista Carlos Fortaleza, membro da Sociedade Paulista de Infectologia e professor da Faculdade de Medicina da Unesp, afirma que esse tipo de estudo é interessante, porém, traz dados imprecisos que não podem ser encarados como a “palavra final”

“A situação é absolutamente imprevisível quando você tem um número de variavéis tão grande”, destaca o professor. “O grande problema de modelos matemáticos e simulações é acertar os parâmetros que influenciam na transmissão do vírus. Essas novidades fazem com que as coisas mudem. É muito difícil conseguir uniformizar [as previsões]”, pondera o especialista.

 

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