Dr. Paulo Amazonas desvenda os mitos sobre a candidíase
Idealizador da Campanha Nacional de Conscientização sobre a Síndrome Fúngica lista gatilhos e fatores que levam ao desequilíbrio da flora intestinal e desencadeiam crises de candidíase.
Diferente de outros microrganismos causadores de doenças e infecções os fungos habitam normalmente o nosso intestino, pele e região vaginal, e tem o seu crescimento populacional controlado pelo equilíbrio da flora intestinal. Os problemas se dão quando se perde este equilíbrio, as bactérias intestinais amigas são reduzidas e o crescimento fúngico sai do controle, nascendo uma super população de fungos, como a Cândida Albicans responsável pela candidíase, gerando inúmeros sintomas locais e em diversas outras partes do corpo.
Quando se tem um quadro de candidíase vaginal é importante, principalmente se for recorrente, olhar para todo o corpo e não somente para os sintomas apresentados na vulva e vagina. A mulher acometida pela infecção fúngica pode ter sua vida sexual, afetiva e mental diretamente afetada, devido a quadros de corrimento e pruridos intenso. Os sintomas apresentados na mucosa vaginal são um reflexo da falta de equilíbrio da mucosa intestinal.
Dr. Paulo Amazonas abordou o tema dentro da Campanha Nacional de Conscientização sobre a Síndrome Fúngica que aconteceu entre os dias 8 e 31 de maio de 2020, em uma série de lives, e discutiu como a candidíase pode ser um dos sinais mais fortes para a Síndrome Fúngica e a importância de tratar todo o corpo com uma boa alimentação e outras práticas saudáveis a fim de restabelecer o equilíbrio da flora intestinal e consequentemente melhorar a qualidade de vida e autoestima da pessoa acometida.
O médico listou os principais gatilhos que podem desencadear crises de candidíase, confira abaixo:
1 – Uso constante de antibióticos e corticoides.
Apesar de necessários em alguns momentos, é importante ter atenção com o uso frequente desses medicamentos, principalmente os corticoides que são vendidos em farmácia sem obrigatoriedade de receita médica, pois eles eliminam do corpo as bactérias boas que são responsáveis por regular o crescimento populacional dos fungos no intestino.
2 – Uso de anticoncepcional hormonal
O estímulo e uso contínuo dos hormônios contidos em anticoncepcionais favorecem o desequilíbrio da flora intestinal e o crescimento da população fúngica. É importante pesquisar e discutir com o ginecologista a possibilidade de métodos contraceptivos como o Diu de Cobre por exemplo.
3 – Consumo de ultraprocessados.
Os alimentos ultraprocessados tem pouco ou nenhum valor nutricional, alto valor calórico e contém substâncias que no processo digestivo favorecem o crescimento fúngico.
4 – Consumo frequente de alimentos inflamatórios como glúten, leite de vaca, amendoim, soja e até o ovo.
Com proteínas difíceis de serem digeridas pelo corpo humano, os alimentos desencadeiam um processo inflamatório no corpo dificultando a manutenção e resposta das bactérias boas. Reduzir o consumo de tais alimentos, pode ser benéfico para diversos aspectos do corpo, da saúde física e até mental.
5 – Alimentação pobre em fibras alimentares.
As fibras alimentares favorecem uma nutrição eficiente para o corpo e consequentemente melhora o funcionamento do intestino e mantem o equilíbrio da flora intestinal.
6 – Alto consumo de açúcar.
O açúcar é o principal alimento dos fungos. Pacientes com candidíase chegam a ter vontade de consumir mais alimentos doces e com baixo valor nutricional. É importante reduzir e evitar o açúcar para eliminar a candidíase e manter uma flora intestinal saudável.
7 – Estresse físico e mental
Em uma vida agitada com poucas horas dormidas por noite e que não permitem a higiene do sono, a sobrecarga física e mental é uma situação vivida por muitas mulheres e que contribuem para altos níveis de estresse de forma frequente, e que geram no corpo uma resposta química. Seu excesso prejudica todo o equilíbrio do corpo bem como de uma flora intestinal saudável.
8 – Calças, tecidos sintéticos e muitas horas sentadas.
A região intima é naturalmente úmida e o calor gerado pelo abafamento de tecidos sintéticos, calças ou passar muitas horas sentada não permitem a ventilação e respiração da área o que favorece o crescimento fúngico em demasia. É importante usar calcinhas de algodão, evitar meia calça e alterar sempre que possível o uso de calças com saias e/ou vestidos e não passar muitas horas sentada.
Para esclarecer as dúvidas sobre a Candidíase Dr.Paulo Amazonas tem usado sua página no Instagram @drpauloamazonas para promover lives semanais, além de ter lançado o curso on-line “Adeus,Candídiase”. O médico é hoje uma das principais referências no Brasil no assunto “Sindrome Fungica” e segue com o intuito de trazer à tona os pormenores e detalhes sobre os danos acusados a saúde e da candidíase que hoje acomete cerca de 75% da população feminina no Brasil.