•  domingo, 19 de maio de 2024

Conheça as “ites” digestivas: especialista do Hospital 9 de Julho explica inflamações comuns no sistema digestivo

Diverticulite, gastrite e esofagite são algumas das doenças mais comuns do aparelho digestivo; Cirurgião explica sintomas e tratamentos para cada um dos distúrbios

São Paulo, agosto de 2019 – Incômodos após as refeições, enjoos, intestino “desregulado” e até febre podem ser sinais de inflamações no sistema digestivo. Segundo o Dr. Rodrigo Surjan, cirurgião do Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho, 50% dos casos de inflamações na região são desencadeadas por fatores emocionais e psicológicos atrelados à maus hábitos alimentares.

Essa conexão acontece, principalmente, pela ligação entre o sistema nervoso central e o digestivo, especialmente no intestino, onde também estão localizados neurônios especializados para viabilizar a digestão de maneira autônoma às demais atividades do corpo. “Você não para de fazer suas atividades porque está digerindo um alimento. Essa complexidade de atuação do organismo é possível, entre outros fatores, pela sofisticação estrutural da região”, afirma o Dr. Rodrigo Surjan.

O sistema gastroenterológico é responsável, portanto, por todo o fluxo de alimentos dentro do nosso organismo, da boca ao ânus. Para entender quais as doenças mais comuns dos órgãos que o compõem, o Dr. Surjan listou alguns incômodos comuns nos pacientes e algumas das possíveis causas.

Pancreatite: As inflamações no pâncreas – glândula localizada atrás do estômago que produz o suco pancreático e outras substâncias como a insulina – podem se tornar crônicas, se não identificadas precocemente e tratadas. Entre os métodos para evitar o problema causado pelas inflamações no pâncreas estão: evitar o consumode álcool, adotar hábitos saudáveis com alimentação e exercícios físicos e manter o acompanhamento médico.

Esofagite: Inflamação no esôfago, tubo que liga a boca ao estômago. Os sintomas mais comuns são dificuldade para engolir, dor no peito, náuseas, vômito, dor abdominal, tosse e perda de apetite. Em alguns casos, os pacientes também percebem que o alimentos ingeridos ficam presos no esôfago, não completando o caminho até o estômago. Segundo o Dr. Surjan, o tratamento está diretamente ligado a mudanças de hábitos alimentares, mas também ao entendimento das estruturas que compõem o esôfago, como a musculatura e a válvula que separa o órgão do estômago.

Gastrite: é uma irritação na mucosa (camada interna) do estômago. A doença desenvolve-se principalmente quando há o uso de medicamentos em excesso, bebida alcoólica, cigarro ou situações de estresse recorrentes. A doença pode causar dor, desconforto, azia, má digestão e até enjoo. O tratamento inclui a redução de alimentos irritativos como frituras, condimentos, embutidos, derivados de leite, além de se evitar o álcool e o tabagismo. “Algumas pessoas tomam leite para aliviar os sintomas da gastrite, mas o consumo deve ser controlado, pois ele estimula a produção de ácido gástrico, o que poderá intensificar a dor” explica o médico.

Diverticulite: o processo inflamatório acontece na parede do intestino. Ela é caracterizada, principalmente, pela inflamação de “bolsas” salientes chamadas de divertículos que muitas pessoas possuem. Uma dieta pobre em fibras pode contribuir para o desenvolvimento da doença ou ativar recidivas. O tratamento inclui uma mudança de estilo de vida mas, dependendo da gravidade, pode exigir indicação cirúrgica.

Segundo o Dr. Surjan, a alimentação saudável e a prática de exercícios físicos regulares é a chave para manter o sistema digestivo saudável. “Ter uma dieta equilibrada e manter uma regularidade ao praticar exercícios, fazem com que o metabolismo funcione mais rápido, tornando o organismo mais resistente a doenças”.

Sobre o Hospital 9 de Julho: fundado em 1955, em São Paulo, o Hospital 9 de Julho tornou-se referência em medicina de alta complexidade com destaque para as áreas de Neurologia, Oncologia, Onco-hematologia, Gastroenterologia, Endoscopia Digestiva, Ortopedia, Urologia e Trauma. Possui um Centro de Medicina Especializada com atendimento em mais de 50 especialidades e 14 Centros de Referência: Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional; Rim e Diabetes; Cálculo Renal; Cardiologia; Oncologia; Gastroenterologia; Controle de Peso, Infusão, Medicina do Exercício e do Esporte; Reabilitação; Clínica da Mulher; Longevidade, Doenças Inflamatórias Intestinais (CDII) e Trauma. Com cerca de 2,5 mil colaboradores e seis mil médicos cadastrados, o complexo hospitalar possui 470 leitos, sendo 102 leitos nas Unidades de Terapia Intensiva, Centro Cirúrgico com capacidade para até 22 cirurgias simultâneas, inclusive com duas salas híbridas (com equipamento de Hemodinâmica e Ressonância Magnética) e três para robótica, incluindo a Sala Inteligente, que permite a realização de cirurgias em sequência.

 

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