•  sexta-feira, 03 de maio de 2024

SAÚDE, TECNOLOGIA E SOLIDARIEDADE – SESC SÃO PAULO INSTAURA LINHA PARA FABRICAÇÃO DIGITAL DE PROTETORES FACIAIS E SESC JUNDIAÍ FAZ DISTRIBUIÇÃO A PROFISSIONAIS DA SAÚDE PÚBLICA E ENTIDADES ASSISTENCIAIS

Instituição direciona infraestrutura de seu programa de Tecnologias e Artes para a fabricação e distribuição de protetores faciais no estado; produção inclui plástico biodegradável e tem média estimada de até 500 unidades por semana; em Jundiaí, o Sesc entregou os primeiros equipamentos de proteção para a Cidade Vicentina Frederico Ozanam, o Hospital São Vicente de Paulo (ambos de Jundiaí) e para a Casa de Repouso Bom Samaritano (de Louveira)

São Paulo, julho de 2020 – As unidades do Sesc em todo o estado de São Paulo permanecem fechadas para evitar a propagação do novo coronavírus, mas a instituição continua trabalhando em um conjunto de ações socioculturais que englobam as áreas de educação, saúde, alimentação e sustentabilidade para atenuar a crise sanitária que atinge todo o País. A novidade é a fabricação de protetores faciais para distribuição entre trabalhadores do serviço público de saúde, instituições de atendimento hospitalar sem fins lucrativos e entidades assistenciais que atendem idosos, pessoas em situação de vulnerabilidade e pessoas com deficiência. A produção já foi iniciada e a estimativa é de que sejam produzidas, por semana, cerca de 500 unidades do equipamento.

Os protetores, reutilizáveis, são constituídos por partes recicláveis associadas a componentes feitos com plástico biodegradável (polímeros termodinâmicos), cuja degradação no meio ambiente leva de seis meses a dois anos – o plástico comum levaria centenas de anos. São compostos por uma viseira de acetato cortada a laser e uma testeira, também de acetato ou plástico biodegradável – cujo filamento, utilizado na impressora 3D, é constituído de vegetais
ricos em amido, como o milho, a beterraba, a mandioca e a cana de açúcar. A junção das peças para a montagem da máscara pode ser feita manualmente. A fabricação de uma unidade leva de 40 minutos a duas horas, dependendo do modelo.

Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, destaca: “O Sesc possui equipamentos que podem contribuir com o conjunto da sociedade no enfrentamento da situação presente. Nesse momento, o apoio aos profissionais de saúde, aos municípios e ao Estado como um todo, por parte de diferentes atores sociais, é de vital importância para que possamos superar a crise causada por essa pandemia”. E complementa: “Planejamos a continuidade de nossas
ações em coerência com o momento que estamos vivendo”.

Os modelos produzidos atendem às necessidades de uso de maneira satisfatória, tanto no aspecto ergonômico, quanto em questões relacionadas à segurança e proteção. A linha de produção está concentrada no Espaço de Tecnologias e Artes do Sesc Avenida Paulista e conta com o apoio de educadores, profissionais e equipamentos de outras unidades do estado que também possuem infraestrutura de fabricação digital em seus Espaços de Tecnologias e Artes. O processo de produção inclui a utilização de impressoras 3D e máquina de corte a laser.

Dentre os protótipos desenvolvidos, aprimorados e compartilhados pelas iniciativas independentes da cultura maker, optou-se pela utilização do modelo “Viva SUS”, desenvolvido pelo grupo Makers contra a COVID – 19, e também o modelo elaborado pela startup Me Viro, compartilhado pelo Projeto Arrastão. Os critérios adotados na escolha foram: tempo de fabricação, ergonomia e aprovação pelos profissionais da saúde. Após duas semanas de testes e avaliações no mês de abril, os modelos foram aprovados e o Sesc São Paulo iniciou a produção.

Uma equipe de pesquisa e um grupo de trabalho foram criados para atuação em conjunto. A cada turno, cerca de dez educadores dos Espaços de Tecnologias e Artes do Sesc São Paulo atuam na operação de oito impressoras 3D e uma cortadora a laser. Funcionários que fazem parte ou que coabitam com pessoas do grupo de risco estão em casa e fora da operação. O processo inclui protocolo de boas práticas, em acordo com as determinações das autoridades de saúde, em que constam medidas como a higienização constante das mãos, materiais e ambiente de trabalho, a utilização de álcool 70%, o uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) como máscaras e luvas – que são devidamente descartadas após cada operação –, a escala em turnos para que não haja aglomeração de pessoas e a observação do distanciamento físico em pelo menos 1,5m.

A iniciativa partiu da ideia de adequar o patrimônio do Sesc à situação atual, em especial a infraestrutura dos Espaços de Tecnologias e Artes presentes nas unidades do estado, onde são realizadas atividades educativas, de experimentação e desenvolvimento artísticos, em diálogo com profissionais do universo maker e engajados em iniciativas socioculturais dentro e fora da instituição.

Entre as instituições já beneficiadas está a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo – instituição filantrópica considerada um dos mais importantes centros de referência hospitalar do Brasil e que já recebeu 50 exemplares do modelo “Viva SUS” –, além dos estaduais Hospital Ipiranga e Hospital Heliópolis, ambos na capital paulista, que na última terça-feira (12) receberam 25 unidades, também do modelo “Viva SUS”, cada um. O Sesc já organiza a destinação dos próximos lotes, que deverá ocorrer nos próximos dias e direcionada a instituições mapeadas pelas unidades no estado de São Paulo.

DOAÇÃO DE ITENS DE PROTEÇÃO HOSPITALAR EM JUNDIAÍ

A distribuição já começou a proteger os profissionais de serviços públicos de saúde, instituições sociais e de atendimento hospitalar sem fins lucrativos em Jundiaí e região.

Na última semana, o Sesc Jundiaí entregou os primeiros equipamentos de proteção para a Cidade Vicentina Frederico Ozanam, o Hospital São Vicente de Paulo, ambos de Jundiaí, e para a Casa de Repouso Bom Samaritano, de Louveira.

Por ocasição do recebimentos do equipamentos, os representantes da instiuição declararam:

”As máscaras faceshield doadas pelo Sesc serão de grande importância para os cuidados com os idosos na nossa unidade.” – Cidade Vicentina Frederico Ozanam (Jundiaí)

” A doação das máscaras para nós é extremamente importante pelo fato de proteger os nossos
idosos, já que eles fazem parte do grupo de risco.” – Casa de Repouso Bom Samaritano (Louveira)

”Vai ser de grande ajuda para quem está na linha de frente do combate ao coronavírus,
principalmente enfermeiros, médicos, motoristas do Samu e todos os profissionais de saúde
que atuam no hospital.” – Hospital São Vicente de Paulo (Jundiaí)

 

 

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