•  terça-feira, 07 de maio de 2024

Palco da Cidade aborda prevenção do suicídio e reúne centenas no Polytheama em Jundiaí

“A vida sem a música é simplesmente um erro, uma tarefa cansativa, um exílio”. A frase do filósofo Nietzsche que abriu a quarta edição do Palco da Cidade na noite desta sexta (13), no Polytheama, foi completada pela apresentação do Quinteto Japi, em uma introdução cheia de esperança a um tema denso: o suicídio. Dentro da programação do Setembro Amarelo, voltado à valorização da vida, o evento “Suicídio: As Dores da Alma” foi uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Jundiaí, em parceria com a Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), TVTEC e Centro de Valorização da Vida (CVV).

Gratuito e aberto ao público em geral, o encontro reuniu jovens, professores e interessados no tema, que puderam ouvir orientações, relatos e mensagens de incentivo de cinco convidadas: Karina Okajuma Fukumitsu, mestre em Psicologia Clínica, conhecida também como a educadora dos pés descalços; Carla Basson, Tenente-Coronel da Polícia Militar; Elaine Machado, coordenadora de Estudos de Desenvolvimento de Voluntários do CVV; Karen Scavacini, psicóloga e autora de livros e artigos sobre prevenção do suicídio; e Kelsang Chime, monja budista.

O encontro foi aberto pela superintendente da TVTEC, Monica Gropelo, e pelo prefeito Luiz Fernando Machado, que ressaltou o envolvimento de entidades e organizações na luta para derrubar o tabu que cerca o tema. “A cidade não se preocupa só com obras físicas, que certamente são importantes, mas discussões como essa também devem tocar o serviço público”, afirmou Luiz Fernando. “Minha presença aqui é oficial, como prefeito, mas meu agradecimento é pessoal a todos os envolvidos”.

Mês de conscientização

O Setembro Amarelo é o mês da conscientização do suicídio, quarta principal causa de morte entre adolescentes e jovens no Brasil, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. De 2011 a 2016, foram quase 4.900 mortes de jovens de 10 a 19 anos, e os números seguem crescendo. Dialogar e quebrar os tabus criados na sociedade sobre fragilidade dos vínculos na infância, automutilação na adolescência e solidão adulta são os principais objetivos do evento, cuja causa foi abraçada pelo prefeito Luiz Fernando Machado em 2016.

Presente ao encontro, Mariana (nome fictício) enfrentou uma morte por suicídio na família. “A dor que sentimos não pode ser medida. Mas encontros como esse mostram que é possível enfrentar essa dor com acolhimento, orientação, compartilhando histórias, e assim vemos que não estamos sozinhos, e que podemos talvez ajudar outras pessoas”.

 

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