•  sexta-feira, 26 de abril de 2024

Professora inclui técnicas de respiração e meditação no cotidiano escolar em Cabreúva

Respirar fundo, contar até dez, repensar as atitudes e colocar as ideias no lugar. Tudo isso, na vida adulta, pode até fazer um sentido danado, mas pouca gente para por alguns minutos para relaxar e refletir, certo? Na EMEB Mário Faccioli, a professora Beth Berioni tem levado, aos poucos, esses conceitos para a sala de aula, por meio do projeto ‘Educação Socioemocional’, que foi um dos finalistas do ‘EDUCAB Profª Terezinha Togni: Boas Práticas na Educação’.

Com a proposta, ela mostra para as crianças que emanar boas energias torna a vida mais leve. “Há mais ou menos seis anos eu comecei a falar sobre a importância da gentileza, de não falar palavrões na sala de aula. A ideia foi tomando forma e, com alguns ensinamentos que aprendi na Yoga, trouxe algumas práticas para a sala de aula.”

Neste ano, ela executa a proposta com cerca de 56 crianças, de duas salas de aula. Em alguns momentos, técnicas de respiração, para deixar a ansiedade e o medo de lado, são trabalhadas. Em outros, a professora faz com a sala alguns minutos para a meditação guiada, tudo para reforçar o poder da mente e da concentração.

Outro ponto bacana mostrado pela professora, que deixou os alunos pra lá de curiosos, foi o experimento de Massaru Emoto. Nele, em dois potes são colocadas quantias de arroz cozido com um pouco de água. Para um deles, palavras de amor e positividade foram coladas e ditas. No outro, palavras de ódio. Em pouco tempo, o arroz que estava no pote com as palavras negativas apodreceu, enquanto o outro levou mais tempo para aparecer com algumas manchinhas pretas. “Isso mostrou a eles que quando reclamamos muito e jogamos energia ruim para o mundo, ela nos causa mal. Percebo que quanto mais o tempo passa, esses alunos pensam antes de falar. Além disso, tentam resolver as brigas com uma boa conversa.”

Muitos levam os ensinamentos, inclusive, para a casa, e falam para os pais respirarem fundo diante das adversidades do dia a dia. “Todos os ensinamentos são aliados ao conteúdo pedagógico e podem refletir no comportamento desses seres humanos na adolescência e até na fase adulta.”

As técnicas têm encantado as crianças. “Sempre que fico nervosa ou ansiosa, respiro fundo e consigo me acalmar. É muito bom”, comenta Clarice Dias Ribeiro, de 11 anos. Assim como ela, Giovana Caroline da Silva, de 11 anos, também aprova. “São momentos que me tranquilizam.”

Clarice, Giovana e os demais colegas de classe fizeram recentemente uma visita especial ao Mosterio Sakia, onde foram recebidos por Lama Rinchen e  puderam meditar e aprender um pouquinho da cultura budista.

Para 2020, a professora pretende seguir com a ideia. “A proposta é seguir plantando coisas boas no coração desses alunos.”

 

 

Ler Anterior

Música vira terapia em grupo criado pelo Caps em Cabreúva

Ler Próxima

Grande festa celebra Miss e Mister Melhor Idade Cajamar 2019