•  domingo, 12 de maio de 2024

Certificado de coragem incentiva crianças na hora da vacinação em Cabreúva

O pequeno Pedro Gabriel tem apenas 5 anos, mas já teve de enfrentar muitos desafios. Ele nasceu com um sério problema de saúde, ficou internado nos primeiros cinco meses de vida e passou por três cirurgias antes de completar dois anos. Depois de tantos médicos, hospitais e injeções, o trauma das “temidas” agulhas foi inevitável. E fazê-lo tomar as vacinas virou uma tarefa difícil.

Assim como Pedro, a maioria das crianças nessa faixa etária dá trabalho na hora de tomar vacinas. Mas uma ação simples, colocada em prática pela técnica de enfermagem Jéssica Maria da Silva, da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vilarejo, em Cabreúva, está mudando o cenário de choros e “fugas” da sala de vacina.

Há cerca de três meses, Jéssica começou a “premiar” os pequenos com o “Certificado de Coragem”. “Fazemos isso para crianças a partir de 4 anos. Nessa idade elas já entendem que a vacina com agulha dói e não querem nem entrar na sala”, explica.

A estratégica, conta a técnica, é dar uma recompensa para a criança. “A gente não pode mentir. Eles perguntam se vai doer, eu digo que sim. Mas que vai ser rápido”, ensina. “Daí, quando falo do certificado, eles querem saber o que é. Então digo que é um prêmio que a gente recebe quando faz uma coisa boa.” A maioria acaba tomando a vacina sem chorar e sai mostrando o certificado para todo mundo.

Foi assim que Pedro saiu da sala de vacina na semana passada, depois de dar trabalho antes da vacinação. “Ele não queria entrar de jeito nenhum para tomar a vacina. Por conta do histórico dele, sempre foi muito traumático. E conforme foi crescendo, o medo de tomar injeção, de tirar sangue, foi piorando”, conta a mãe Valdirene Souza Lima.

Deu trabalho para convencê-lo. “Conversamos com ele, a Jéssica contou sobre o certificado e ele topou. Ficou tão quieto que não acreditei. Depois, saiu todo orgulhoso com o certificado e acabou incentivando outras crianças da sala de espera”, diz a mãe, orgulhosa.

Apesar do medo de agulhas, Pedro mostrou que sabe da importância das vacinas. “É bom pra gente crescer saudável e forte”, diz ele, mostrando o certificado (que ganhou um lugar de destaque na estante da sala da casa) e afirmando: “agora não tenho mais medo”.

Depois que começou a distribuir o “Certificado de Coragem”, o clima na unidade de saúde nos horários de funcionamento da sala de vacina mudou. “Todo mundo aqui percebeu que os choros reduziram. Tanto que no começo minhas colegas vieram perguntar o que estava diferente”, lembra Jéssica.

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