No dia 29 de abril, quarta-feira, a partir das 20h, Aracélia Costa, secretária executiva da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, a convite da Hedz fará para uma palestra on-line e ao vivo seguida de um bate-papo com profissionais de RH. O encontro, que estreia o projeto Hedz Talks, terá como tema “Desmistificando a contratação de pessoas com deficiência pelo mercado de trabalho”.

Segundo Claudinei Pauda, diretor e co-fundador da empresa, a start-up Hedz nasceu com o compromisso de contribuir para uma integração mais rápida e eficiente dos profissionais com deficiência no mercado de trabalho. “Ao lançarmos nosso primeiro produto, o Hedzhunt, apesar de ter sido criado para que qualquer empresa encontre, selecione e contate qualquer tipo de profissional com rapidez e qualidade, já tínhamos a certeza de que intrinsicamente seria um fator importante para os profissionais com deficiência”.

A tecnologia desenvolvida por si só já é facilitadora desse processo. “A partir do momento em que a empresa acessou a plataforma Hedzhunt, localizou, analisou e decidiu disparar um convite a um profissional para participar de um processo de contratação e, por sua vez, cabe ao profissional, através de seu aplicativo, aceitar ou não o que é oferecido e exigido pela vaga, nós evitamos um deslocamento desnecessário caso não haja o encontro dos interesses das duas partes, o que sempre exige do profissional com deficiência esforço e recursos adicionais. Otimizamos esse encontro minimizando as chances de surpresas desagradáveis”, conclui Claudinei.

Através de parcerias com entidades de apoio ao profissional com deficiência, a Hedz busca a expertise dos profissionais da área para incorporar melhorias e adaptações sugeridas pelas iniciativas sociais e que tenham interesse em adotar a plataforma em suas ações com foco na recolocação. Além disso, os profissionais beneficiados por estas instituições têm acesso totalmente gratuito à versão Hedzhunt PRO, que potencializa as oportunidades, e por tempo indefinido.

E o Hedzhunt chega em boa hora. Dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) de 2018 apontam que no Brasil há 45,6 milhões de pessoas com alguma deficiência. Dessas apenas 486 mil delas, pouco mais de 1%, estavam empregadas formalmente.

Facilitar o encontro da empresa com o profissional com deficiência é uma funcionalidade importante de tecnologias inovadoras como o Hedzhunt da Hedz. Contudo, isso por si só não resolve o problema. Criar um ambiente para que o profissional com deficiência possa se desenvolver e ter uma boa performance também merece atenção de forma a mantê-lo no emprego.

No ano de 2019, em São Paulo, houve queda nas contratações desse perfil profissional. Naquele ano, foram 35.490 pessoas com deficiência contratadas contra 49.558 demitidas, demonstrando que há um trabalho a ser desenvolvido para manutenção desses profissionais nas empresas.

Para alavancar esses números, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, lançou em setembro de 2019, em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, o Programa “Meu Emprego, Trabalho Inclusivo” visando conectar de forma efetiva e qualitativa o profissional com deficiência às empresas. O trabalho é realizado na metodologia do Emprego Apoiado que também contempla o preparo dos RHs para selecionar de forma adequada e acompanhar o desenvolvimento das carreiras desses profissionais dentro das empresas.

“Toda iniciativa que tenha como propósito atender esse público sem preconceitos e valorizando seus talentos é muito importante”, diz Aracélia Costa, secretária executiva da Secretaria, que irá ministrar essa palestra virtual e estará à disposição para tirar dúvidas sobre o tema.

Durante a apresentação, Aracélia abordará as principais barreiras que as empresas encontram para empregar esses profissionais. “São muitos os motivos, muitas vezes por um viés inconsciente, que podem apontar para essa queda nas contratações e manutenção no emprego desses profissionais com deficiência.  São barreiras que, na maioria das vezes, as empresas têm total interesse em romper e, contudo, não sabem como fazê-lo”, conclui a secretária executiva.