•  sexta-feira, 26 de abril de 2024

Escritórios compartilhados de Sorocaba são adaptados devido à pandemia de coronavírus

Os donos de escritórios compartilhados na região de Sorocaba (SP) estão otimistas com o investimento nestes espaços. Porém, algumas adaptações foram necessárias devido à pandemia da Covid-19.

Os chamados coworkings contam agora com distanciamento entre as cadeiras. Para entrar em um dos escritórios, é obrigatório estar de máscara. Além disso, o local agora conta com álcool em gel e a porta não pode ficar fechada.

Julia Cossermeli é arquiteta e está sendo convidada pelas empresas para transformar os escritórios em locais seguros para trabalhar.

“As alterações que eles me pedem mais, normalmente, são movimentação de imóvel, mas sem grandes alterações. Porque, também, ninguém sabe o quanto isso vai durar, o investimento muito alto nesse momento de incerteza não é o mais procurado, digamos assim”, explica.

Sobre as mesas que têm vários objetos, por exemplo, a orientação é que fiquem sem nada: papéis, canetas, calendários, copos e xícaras.

“Por ter esse rodízio de pessoas, as mesas perderam seus donos, digamos assim. As pessoas trabalham um dia em casa, um dia na empresa, outro dia trabalha outra pessoa. Então, quanto menos coisa tiver no espaço, menor a chance de contaminação dos itens”, diz.

Até mesmo espaços que antes não eram utilizados como locais de trabalho foram redefinidos, como explica o administrador Rodrigo Marcondes.

“Ambientes que a gente deixava antes como área ou só de decoração ou só de fumante, uma área esquecida, a gente está olhando de novo para redefinir esses espaços. A gente está nesse processo de acordo com o novo normal que está surgindo”, comenta.

Em outro coworking da cidade, os proprietários fizeram uma reforma e investiram na ventilação. Além disso, as lâmpadas ganharam sensores para que ninguém precise tocar nos interruptores, como afirma o administrador Alexandre Muniz

“Tem um controle maior de acesso, a questão de ter uma entrada única, com uma recepção para manter esse controle. Fora o básico: álcool em gel e líquido para que as pessoas possam limpar mouse, teclado, monitor, mesa. Muita área para se trabalhar ao ar livre também, a questão de sensor, molas nas portas dos banheiros para que as pessoas não precisem tocá-las.”

“As pessoas experimentaram o home office, sabem os benefícios e malefícios, e vão migrar grande parte para o coworking. Tanto para ter uma sala pequenininha, um espaço compartilhado, quanto para ter networking, que é o que a gente não tem no home office. Então, a gente acredita muito nessa retomada, que vai ter um ‘boom’ de coworkings pós-pandemia”, diz.

G1

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