•  sexta-feira, 26 de abril de 2024

Projeto ensina mulheres a se defenderem de ameaças dentro de ônibus

O terceiro encontro do Projeto Segunda Força, promovido pela Associação dos Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar (DEFENDA PM) para prevenir casos de violência contra mulheres, ensinou um grupo de mulheres a se defender de ameaças muito comuns para quem usa transporte coletivo. Elas aprenderam técnicas de autodefesa em solo e em ambientes confinados, como ônibus.

Dentro de um ônibus no estacionamento da Escola de Educação Física da PM, Velozo simulou situações de assédio e as alunas aprenderam como improvisar para se defender utilizando objetos que têm disponíveis naquele ambiente. Com a utilização de uma simples caneta, por exemplo, a vítima pode atingir partes sensíveis do agressor causando incomodo ou até uma lesão para neutralizar a agressão e impossibilitar sua fuga até a chegada de uma autoridade policial para realizar a denúncia.

O Tenente da Polícia Militar idealizador do curso e especialista em Proteção de Gênero e Violência Doméstica, Henrique Velozo, enfatizou a importância de aplicar os conhecimentos aprendidos ao longo do curso para auxiliar outras pessoas que estejam passando por alguma situação de violência, seja ela física ou moral. “Se posicionar, apoiar e ajudar outras vítimas é muito importante”, disse.

Velozo aplicou uma dinâmica entre as alunas para explicar como a somatização dos sentimentos pode refletir no corpo e até causar doenças graves. O especialista reforçou a importância de trabalhar o condicionamento físico e, principalmente, priorizar a saúde mental para conseguir aplicar o aprendizado. “Mais que treinar nosso corpo, é preciso condicionar nossa mente para lidar com as situações do dia a dia. Não adianta ter o conhecimento técnico se o emocional estiver abalado. No momento de utilizar as técnicas em uma situação real, a sua mente pode te sabotar”, ressaltou.

Ao longo do dia, com o acompanhamento das Tenentes Camila Fernandes e Ana Rejani, as alunas aprenderam e puderam praticar técnicas de defesa pessoal em solo, desvencilhamento e combate para neutralizar o agressor e conseguir buscar ajuda.

 

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