•  sábado, 27 de abril de 2024

Saiba mais sobre Terapia Ocupacional, profissão que completa 50 anos no Brasil

Regulamentada no país no final dos anos 1960, a TO tem se tornado cada vez mais popular nos últimos anos

Caxias do Sul, 11 de outubro de 2019 – Dia 13 de outubro é comemorado o dia do Terapeuta Ocupacional. A profissão surgiu nos Estados Unidos no início do século XX, mas só chegou ao Brasil anos depois, sendo regulamentada em 1969.

O terapeuta ocupacional é o profissional da área da saúde responsável por trabalhar a reabilitação humana focada nas ocupações, ou seja, tudo o que o ser humano faz no seu dia a dia, como: comer, fazer a higiene pessoal, estudar, trabalhar e realizar diferentes tarefas. O objetivo é promover a autonomia e independência dessas pessoas que, por razões específicas (doenças ou acidentes), apresentam dificuldade de cumprir seus papéis ocupacionais na sociedade.

A busca pela Terapia Ocupacional tem se mostrado cada vez maior com o passar dos anos. Segundo a coordenadora do curso no Centro Universitário da Serra Gaúcha (FSG), Professora Mestre Claudia Scolari, isso acontece por diversos fatores: o crescimento da população acometida por doenças ou sofrimentos mentais, como a depressão, o ganho de força em discussões como humanização e/ou reabilitação ao trabalho, o autismo, o aumento do número de idosos, a inclusão de pessoas com deficiência em escolas regulares e as cotas para deficientes em empresas.

“A Terapia Ocupacional busca entender a pessoa como ela é, com as suas limitações, dificuldades, habilidades e potenciais. Os indivíduos e familiares que, de repente, se veem doentes ou precisando cuidar de entes queridos provavelmente terão várias ocupações alteradas, sendo assim, o terapeuta ocupacional se faz cada vez mais importante na vida das pessoas”, conta.

Para exercer a profissão, é necessário ter um diploma de bacharel. A faculdade tem duração de quatro anos e abrange disciplinas como anatomia humana, cinesiologia, farmacologia, patologia e saúde mental. Os interessados precisam gostar de trabalhar com pessoas, ter afinidade pela área da saúde e muita empatia. Quanto ao mercado de trabalho, ele está cada vez mais aquecido, pois a demanda é muito maior do que o número de profissionais que se formam e atuam no país.

Ficou interessado pela profissão? Então, confira algumas curiosidades.

  1. O terapeuta ocupacional trabalha também com a adaptação de objetos para o paciente, a chamada tecnologia assistiva. Além de trabalhar a parte motora e social diretamente com o próprio paciente, o terapeuta ocupacional é responsável por desenvolver e confeccionar produtos personalizados com o objetivo de aumentar a funcionalidade dessas pessoas em suas atividades diárias, proporcionando-lhes mais independência. Esse recurso é chamado de tecnologia assistiva, que pode ter soluções simples ou altamente tecnológicas.
  2. O profissional não trabalha apenas a parte motora, mas também as partes mental e social do indivíduo. Dependentes químicos, pessoas em presídios, com dificuldades de interação social, déficit intelectual ou que são acometidas por doenças mentais também podem se beneficiar da terapia ocupacional. “Quando recebemos indivíduos com essas características nós buscamos entender quais são as limitações que eles apresentam e criamos um plano de tratamento, que pode incluir tanto algo simples como pegar um ônibus quanto a inclusão no mercado de trabalho”, completa Claudia.
  3. O terapeuta ocupacional é responsável também por avaliar e corrigir as relações familiares do paciente. Muitas vezes, os familiares acabam se apropriando da atividade diária do sujeito com o intuito de ajudar, interferindo ou dificultando o desenvolvimento de sua independência. “Quando o profissional avalia que o paciente tem condições cognitivas e motoras para realizar as tarefas diárias, mesmo que com as adaptações, mas a família acaba tirando o papel ocupacional do sujeito ao realizá-las por ele, a intervenção se faz necessária”, diz a Professora Claudia.
  4. O consultório não é a única área de atuação do profissional que pode trabalhar também em hospitais e UTIs neonatais, centros de reabilitação física, com atendimento domiciliar, escolas, ONGs, presídios, empresas privadas e ainda em serviços públicos como CEREST (Centro de Referência e Saúde do Trabalhador), APAEs (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), CAPS (Centro de Atenção Psicosocial) e INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), entre outros.
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