Passado o primeiro momento da pandemia do coronavírus e do isolamento social, algumas escolas estão conseguindo levar para o ambiente digital além das aulas, todas as demais atividades da escola, ampliando o aprendizado dos alunos e oferecendo uma formação que vai além do conteúdo programático regular.

O que parecia um desafio, tornou-se uma grande oportunidade, pois todas essas mudanças estão trazendo uma oportunidade para os alunos desenvolverem habilidades socioemocionais que são muito importantes para a vida e para o mercado de trabalho tais como flexibilidade, autonomia, resiliência, organização e capacidade de resolver problemas.

“Para promover todas as mudanças nos apoiamos muito no conceito de sala de aula invertida, onde o aluno assume o papel de protagonista no aprendizado, com isso eles estão desenvolvendo habilidades essenciais para o momento atual do mundo e que com certeza irão os ajudar mais tarde na carreira”, afirma diretora do Colégio Anglo Cassiano Ricardo, Mônica Yumi Kukita Gonçalves.

Atualmente a escola realiza olimpíadas, as aulas eletivas, aulas em laboratório de ciência, os projetos interdisciplinares e todas as demais programações no ambiente digital, permitindo que os alunos se organizem e acessem o conteúdo da melhor forma para cada um.

“Desde que começamos a ouvir sobre a disseminação da Covid-19 na Europa já iniciamos a conversa com nossos professores para nos prepararmos para quando a pandemia chegasse no Brasil. Quando começou o isolamento com apenas 4 dias de planejamento já tínhamos conseguido levar nossas aulas para o universo digital. Na segunda semana, todas as demais programações já estavam ocorrendo normalmente no ambiente virtual”, explica Mônica

Um exemplo do trabalho que a escola tem feito para seguir com todas as atividades dentro no “novo normal” e ainda oferecer um aprendizado extra aos alunos é a realização dos projetos interdisciplinares, uma atividade de pesquisa desenvolvida pelos alunos do 1º e do 2º ano.

A cada ano, a partir de um assunto definido pela direção, coordenação pedagógica e professores, elaboram-se sugestões de propostas de pesquisa para que os alunos, organizados em equipes de trabalho, escolham uma para desenvolver a pesquisa.

Em 2020, os alunos de 2º ano estão trabalhando em um projeto de empreendedorismo no qual eles têm que criar uma startup passando pelas fases de elaboração de plano de negócio e todas as demais necessárias para a criação de um negócio.

“Neste momento de aulas online, todos os encontros de orientação, reuniões de trabalho e até mesmo a banca de avaliação estão sendo feitas remotamente, permitindo a eles ainda experimentar a vivência de trabalhar com uma equipe remota, prática que hoje é muito comum no mercado de trabalho”, afirma a professora Luciana Alves May, coordenadora dos projetos.

Ainda de acordo com a coordenadora, os projetos ajudam os alunos a trabalharem o conhecimento de forma sistêmica ampliando o seu olhar sobre o objeto da pesquisa e lidando com as diversas áreas do saber. “Eles também têm a oportunidade de desenvolver habilidades e competências importantes para a sua formação, tais como: trabalho em equipe, interdependência, fluência escrita e oral, criatividade, planejamento, organização, autonomia, proatividade, empreendedorismo entre outros”, conclui.