A Fundação de Previdência Complementar do Estado de São Paulo (Prevcom) convocou seus colaboradores para uma palestra sobre organização e gerenciamento equilibrado das finanças pessoais. Com as projeções de inflação no patamar de 11%, juros em alta e reflexos ainda presentes da crise sanitária, o controle de excessos e gastos por impulso é uma medida preventiva em um período em que o apelo do consumo é estimulado sazonalmente pela Black Friday, compras natalinas e a virada do ano.

As pesquisas mostram que 52% da população controlam seus gastos e 47,7% afirmam que não administram as despesas, afirma o educador financeiro André Medeiros, da DSOP, citando levantamento do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Mesmo os que acompanham a movimentação pelos extratos, agendas e aplicativos estão expostos às ilusões do mercado provocadas pelos influenciadores digitais, o marketing das promoções e da escassez aparente de produtos. A questão se agrava se as decisões forem tomadas sem definição de prioridades.

Segundo Medeiros, “a gente vive com o dinheiro contado”. Em sua avaliação, para ser bem-sucedido na gestão das finanças, os instrumentos de controle devem ser acompanhados por mudanças de atitude, elaboração de um orçamento e planejamento. Durante a palestra promovida pelo programa Conta Comigo de educação financeira e previdenciária da Prevcom, o educador abordou os principais passos para identificar o comprometimento da renda mensal que é pressionada também pela aceleração inflacionária.

“A educação financeira age sobre os excessos e os impulsos”, afirma Medeiros. As ferramentas para isso são a realização de um orçamento mental, foco no que é prioritário, projeções para o futuro, garantia da parcela destinada às reservas, eliminação de desperdício, cuidado com os apelos das organizações financeiras, valorização do salário, respeito ao crédito de terceiros para torná-lo um aliado, clara identificação do padrão de vida e o reconhecimento dos bons resultados.