•  sexta-feira, 19 de abril de 2024
O que as emoções têm a ver com saúde?

O que as emoções têm a ver com saúde?

Para Frésia Sa, fisioterapeuta e especialista em Saúde Integrativa, a psicossomática e a leitura biológica nos ajudam a perceber o que cada dor pode falar sobre as nossas emoções. Dor de cabeça, dor na coluna, sistema nervoso abalado? É possível saber a origem do problema e tratar os sentimentos ligados a ele. O resultado? Menos dor e mais qualidade de vida.

Fonte: Biointegral Saúde 

Segundo Frésia Sa, fisioterapeuta especializada em Saúde Integrativa e que usa ferramentas como a Microfisioterapia e o PSYCH-K para devolver qualidade de vida a seus pacientes, a dor não necessariamente é nossa inimiga. “Ela é a forma do corpo avisar de que algo precisa ser observado, que algo precisa ser tratado, modificado. De hábitos à forma como entendemos o que nos acontece. Fomos ensinados, ao longo do tempo, a dar maior importância ao que pensamos do que ao que sentimos. E aí, tornamos os dois: pensar e sentir, inimigos. Quantas vezes, na vida, nos percebemos em uma encruzilhada? Desejamos (sentimos) algo, mas decidimos (pensamos) diferente? E a sensação de vazio vai aumentando”, revela Frésia.

Essa desconexão entre o que a sociedade nos impõe como certo e o que nosso coração pede a todo momento pode ser a causa de muitas das nossas dores. Deixamos de ouvir nossa intuição, esquecemos nossa coragem e baixamos a cabeça para o que dizem que é melhor para nós. “Daí vem as nossas dores no pescoço e na coluna cervical, por exemplo”, explica Frésia, “é realmente como se estivéssemos tendo que baixar a cabeça para o mundo, ao invés de ficarmos firmas na nossa vontade pessoal”.

A fisioterapeuta cita outros conflitos que usualmente geram nossas dores: “a falta de autoconfiança, o medo de não ser aceito ou de não ser bom o suficiente, a sensação de que estamos sem rumo na vida, de que não somos amados. A maioria das nossas dores, para não dizermos todas, têm fundo emocional”, revela. E, então, como saber?

A psicossomática e a leitura biológica são duas ferramentas poderosas para entender a origem das nossas dores. A psicossomática é uma ciência interdisciplinar que gera diversas especialidades da medicina e da psicologia, para estudar os efeitos de fatores sociais e psicológicos sobre processos orgânicos do corpo e sobre o bem-estar das pessoas (Wikipedia).

Já a Leitura biológica utiliza o estudo da filogênese, da ontogênese e do comportamento animal para entender as memórias conectadas às doenças ao longo do tempo. Segundo os criadores da técnica, as doenças são programas biológicos comuns a todos os seres vivos e elas são fruto de determinadas informações relacionadas, inclusive, ao ambiente. E que, dependendo do que nos acontece no entorno, podem acabar sendo reproduzidas exatamente por esses dados armazenados (Psychoquantum).

Ou seja, se levarmos em conta o que é preconizado pelos dois estudos, podemos entender que, muitas vezes, são processos externos que, conectados ao nosso interior, no sentido de crenças e medos, podem ser os causadores de dores e doenças específicas.

“Um bom exemplo disso são as alergias”, lembra Frésia. “Muitas delas são causadas pelo medo da separação, especialmente as alergias de pele, as chamadas dermatites de contato, mas nem sempre o processo de separação existe ou é real no momento em que a alergia é desencadeada. Existe um alerta no ambiente, pressentido pelo organismo como uma fonte de perigo, e que dá o start para o processo de doença. Veja bem: nem sempre o medo e o perigo são reais. Eles podem estar conectados a processos anteriores de vivência da pessoa e a fatores do ambiente em que ela está”, revela.

No entanto, Frésia explica que entender as origens da dor e da doença é o que nos garante uma vida com mais saúde. Como? “Percebendo o que, à nossa volta, desencadeia esses processos, conseguimos trabalhar nosso organismo para lidar com eles. Entendendo qual é a chave para nossas dores, conseguimos ter mais poder sobre elas, diminuímos o tempo em que ela atua e, muitas vezes, podemos promover a cura, ou seja, a eliminação do agente que causa a dor, e, portanto, a eliminação da dor em si”.

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