•  sábado, 20 de abril de 2024

Vítima de queda de avião, ex-piloto de Stock Car é transferido para hospital especializado na BA com 80% do corpo queimado

O ex-piloto de Stock Car, Tuka Rocha, de 36 anos, que é um dos nove feridos na queda de uma aeronave que também provocou a morte de uma mulher, no município de Maraú, no baixo sul da Bahia, teve 80% do corpo queimado no acidente e foi transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, na noite da quinta-feira (14).

O HGE é referência em trauma e um dos poucos equipamentos do Brasil dotados de centro cirúrgico e UTI especializados no atendimento a vítimas de queimaduras.

Christiano Chiaradia Alcoba Rocha, que é conhecido como Tuka Rocha, estava no Hospital Municipal de Salvador antes de seguir para o HGE. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital baiana, ele teve lesões no rosto e mãos, além de ferimentos provocados por inalação de fumaça, que causaram a entubação do ex-piloto.

Tuka já havia escapado de um grave acidente durante uma competição da Stock Car, em 2011, no Rio de Janeiro.

Após a queda do avião, o ex-piloto foi transferido entre unidades de saúde duas vezes. Ele e os outros oito feridos no acidente foram atendidos inicialmente em um posto de saúde em Maraú. Eles foram levado para Salvador durante a tarde, em um avião e dois helicópteros do Grupamento Aéreo da Polícia Militar da Bahia (Graer).

Além de Tuka Rocha, outros cinco estão no HGE. São eles:

  • Fernando Oliveira Silva, de 26 anos;
  • Marrie Cavelan, de 27 anos;
  • Eduardo Trajano Telles Elias, de 38 anos;
  • Eduardo Mussi, que é irmão do deputado licenciado Guilherme Mussi;
  • Tuka Rocha, 36 anos
  • Menino de 6 anos;

No Hospital do Subúrbio está Maysa Marques Mussi, que é casada com Eduardo Mussi.

As vítimas internadas no Hospital Municipal inicialmente são Marcelo Constantino, 28 anos, que teve 48% do corpo queimado, e o outro é Aires Napoleão, 66 anos, que pilotava a aeronave e sofreu queimaduras em 15% do corpo.

Os homens deixaram a unidade de saúde por volta das 10h30 e foram levados para o HGE. A previsão é de que Marcelo seja levado para São Paulo.

Na quinta-feira, a assessoria de imprensa do deputado Guilherme Mussi informou que ele estava a caminho de Salvador para acompanhar de perto o estado de saúde dos familiares.

A mulher que morreu no acidente teve o corpo carbonizado. Ela era jornalista e irmã de Maysa Marques Mussi, e foi identificada como Marcela Brandão Elias. O menino internado no HGE é filho dela e Eduardo Trajano Telles Elias marido.

Acidente

Segundo informações da assessoria de comunicação da prefeitura de Maraú, o acidente ocorreu pouco depois das 14h da quinta-feira, em uma pista de pouso em um resort desativado, no distrito de Barra Grande.

A aeronave, um jato executivo, decolou do aeródromo de Jundiaí (SP), às 11h, com destino a Maraú, segundo informações da Voe SP, que administra o terminal, e da Força Aérea Brasileira (FAB).

A Voe SP informou que a aeronave ficava em um hangar e teve a autorização para decolar porque não houve nenhuma comunicação de anormalidade por parte da equipe técnica responsável.

Conforme registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), aeronave, um bimotor Cessna C550 fabricado em 1981, de prefixo PT- LTJ, é do empresário José João Abdalla Filho e está em situação regular.

Investigação

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que equipes da Delegacia Territorial de Maraú realizaram os levantamentos iniciais para apurar a queda do avião.

A FAB disse que investigadores do Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), irão se deslocar para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave.

Conforme a FAB, a Ação Inicial é o começo do processo de investigação e possui o objetivo de coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos.

A investigação realizada pelo CENIPA, explica o órgão, tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.

“A necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes garante a liberdade de tempo para a investigação. A conclusão de qualquer investigação conduzida pelo CENIPA terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade do acidente”, informa trecho da nota divulgada pela FAB.

G1

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