•  terça-feira, 16 de abril de 2024

Obama, cabo eleitoral presente em todas as plataformas

Chama a atenção o envolvimento de Barack Obama nesta campanha eleitoral, num tom acima do habitual. Mais do que ajudar seu ex-vice Joe Biden a angariar votos, ele tem feito ataques diretos a seu sucessor e alertas sistemáticos sobre os riscos que a democracia americana enfrenta se Donald Trump for reeleito.

Obama energiza a disputa como poderoso cabo eleitoral. Tanto que ofereceu um número de telefone para que os americanos entrem em contato e deixem mensagens de SMS para ele. “Quero saber como você está, o que o preocupa e como pretende votar este ano.” Prometeu que a comunicação não será unilateral: “Voltarei a entrar em contato de vez em quando para compartilhar o que me preocupa.”

A iniciativa nada mais é do que uma tentativa de estimular os eleitores a se registrarem para votar no dia 3 de novembro. O número 773-365-9687 não é o telefone pessoal de Obama, mas o registrado na plataforma Community.com, que permite a figuras públicas alcancem diretamente seus seguidores. Obama tem 122 milhões.

O ex-presidente tomou a dianteira, é o primeiro político a ingressar na Community, que costuma atrair artistas e celebridades. Está ativo em plataformas como YouTube, Snapchat e Twitch e mostra-se aberto a recorrer a todas as ferramentas virtuais disponíveis para alcançar o eleitor.

Ele se juntará a Kamala Harris, na próxima semana, em dois eventos para arrecadar fundos. Num deles, os ingressos custam entre US$ 100 mil e US$ 250 mil.

Mas Obama atesta que seu papel não se resume a aparições com o candidato democrata ou com sua vice. Usa a autoridade moral de ex-chefe de Estado para outra missão — a de monitorar o funcionamento das instituições, quando são postas à prova por Trump.

“O que está em jogo é se nossa democracia perdurará ou não. E as pessoas no poder esperam que você fique em casa”, diz.

Sempre que possível, porém, não perde a chance de alfinetar com elegância o atual ocupante da Casa Branca, que nos últimos anos ajudou a espalhar a teoria de que ele não é cidadão americano e que sua certidão de nascimento é falsa.

 

 

G1

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