•  quinta-feira, 25 de abril de 2024

Setembro Azul: Com troca de experiências, evento tratou do direito das pessoas surdas

Um grande público, entre alunos do curso de Libras (Língua Brasileira de Sinais) oferecido gratuito pela Escola do Legislativo e convidados de Cabreúva, se reuniu no plenário da Câmara na noite dessa quinta-feira (19), para a palestra sobre a Luta do Direito das Pessoas Surdas.

O evento, que além de trazer informações sobre o Setembro Azul, também teve grande troca de experiências, foi aberto pela presidente da Casa, Tatiana Salles. “Fico muito feliz de ver tantas pessoas reunidas por uma causa como essa, principalmente vocês que estão aproveitando esse curso que a Câmara está oferecendo e se tornando multiplicadores. Vocês fazem toda a diferença”. A vereadora Ana Paula Marciano também esteve presente.

Antes do início da palestra, ministrada pela professora e tradutora de Libras Sandra Batistela, um a um, os alunos se apresentaram com o sinal próprio de identificação da comunidade surda que cada um recebeu. Em seguida, Sandra falou sobre o Setembro Azul, exibiu um vídeo e canções, que foram interpretadas em Libras pelos presentes.

Outro momento emocionante do evento foi a troca de experiências. Kédina Barros, de Cabreúva, foi uma das participantes que compartilhou sua história e encantou os presentes. “Estou muito feliz de estar fazendo aula de Libras, de ter conhecido a Sandra e estou ensinando a Rebeca (filha). Nós somos especiais porque eles nos aceitaram. Por isso é importante que todos vistam essa camisa azul, temos muito a aprender com eles”, contou ela.

No fim da atividade, os participantes ainda participaram de uma confraternização antes de se despedirem.

A aluna do curso de Libras, Hilda Meneguetti, do Jd. Europa, elogiou. “Foi maravilhoso. Foi um momento de confraternização e esclarecimento sobre o Setembro Azul, muito importante para conscientizar”. Como uma verdadeira multiplicadora, ela ainda contou da experiência que vem adquirindo com o aprendizado: “Estou adorando o curso, ensinando minha filha (de sete anos) e ela repassa para os amiguinhos na escola. Nessa idade ela já percebe a importância de ajudar o próximo”.

Setembro Azul

Mês escolhido pela comunidade surda para chamar a atenção para os direitos e necessidades dessas pessoas, por ser mundialmente comemorativo, já que conta com várias datas significativas que refletem a história de lutas e conquistas, como o Dia Nacional do Surdo, celebrado no dia 26 (Lei nº Lei Nº 11.796 de 29 de Outubro de 2008), data que, em 1857, foi fundada no Brasil a primeira escola de surdos no Rio de Janeiro, hoje conhecido como INES – Instituto Nacional de Educação dos Surdos.

Neste mês, também é celebrado o Dia Internacional do Surdo e o Dia do Profissional Tradutor, ambos em 30 de setembro.

O mês ainda guarda uma memória triste, no período entre 6 e 11 de setembro, em que um Congresso Realizado em Milão, na Itália, em 1880, proibiu o uso das Línguas de Sinais na educação dos surdos.

A cor azul foi escolhida também com base em um acontecimento triste. Na Segunda Guerra Mundial, o regime nazista de Hitler identificava pessoas com deficiência com fitas azuis, para destacar que elas não pertenciam à “raça pura”. Com o tempo, os surdos transformaram esse fato lamentável em símbolo de resistência. Atualmente, o azul representa a luta por representatividade e o orgulho da comunidade surda e de pessoas com deficiência.

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