O figurino luxuoso da série “o gambito da rainha” revive a glamurosa estética dos anos 50 e 60
O novo sucesso do Netflix, “O Gambito da Rainha”, não tem exatamente o nome mais chamativo mas a produção está muito acima de outras séries. A fotografia, edição de arte, set designs, tudo foi feito para impressionar e ser um deleite aos olhos – e isso sem mencionar o figurino.
Para retratar os anos 1950 e 1960, décadas onde se passam a série, as roupas escolhidas possuem uma elegância atemporal, são peças que poderiam ser facilmente usadas nos dias de hoje.
A estética da série é trabalhada em tonalidades frias, os cenários minuciosamente escolhidos para retratar com excelência os ambientes das décadas de 50 e 60, a fotografia minuciosa. Vemos claramente como a industrialização acontecia fortemente, o papel da mulher na sociedade em casa e esperando o marido voltar, as cenas de sua mãe adotiva passando aspirador na casa e assim por diante. Tudo, na mais perfeita ambientação.
Você consegue reconhecer as referências no figurino de diversas mulheres poderosas: Jackie Kennedy, Audrey Hepburn e Grace Kelly, apenas para citar alguns nomes. Essas mulheres representam o que há de melhor na moda atemporal: tecidos incríveis, cortes impecáveis, modelagem muito bem feita e uma cartela de cores suave mas cheia de energia em certos momentos.
Em entrevista ao Popsugar, Daniel Parker, responsável pela beleza do programa, contou que o maior desafio foi fazer com que a atriz Anya Taylor-Joy ficasse o mais condizente possível com a época e que, para isso acontecer, ela estudou e pesquisou a moda nos anos 40, 50 e 60.
Durante os sete episódios, Beth aparece com inúmeros cortes de cabelo, que foram importantes para o desenvolvimento do personagem. “No orfanato, quis criar um look quase que desleixado, com a franja bem curtinha, que ficou bem fofo, na verdade”, explica Daniel. Todos os looks se deram graças às inúmeras perucas que Anya usou nas gravações.
A maquiagem também foi muito importante para mostrar o crescimento da personagem na série. O que, no começo, era algo bem simples e leve evoluiu até chegar ao ápice super glamuroso com delineado gatinho e boca vermelha.
A série mostra que uma mulher inteligente também pode ser feminina e glamorosa, quebrando o estereótipo da nerd desajeitada e mal vestida. Beth mostra que pode ser independente em uma sociedade e em um segmento profissional machista e mesmo assim vencer e ser feliz.
Lu Salles (@lusalles__)