•  domingo, 19 de maio de 2024

Covid-19 pode eliminar avanços nos serviços de saúde no curto prazo, alerta OMS

Mais de 90% dos países relataram transtornos nos atendimentos de saúde por causa da pandemia de Covid-19, e grandes avanços em cuidados médicos conquistados ao longo de décadas correm perigo de serem eliminados no curto prazo, mostrou uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A entidade sediada em Genebra alerta com frequência sobre programas que salvam vidas sendo impactados pela pandemia e enviou conselhos de redução desses danos aos países.

Acredita-se que o vírus já tenha matado quase 850 mil pessoas pelo mundo desde que os primeiros casos de Covid-19 foram identificados, em dezembro passado.

Pesquisadores acreditam que mortes não relacionadas à Covid-19 também aumentaram em alguns lugares devido em parte aos transtornos nos serviços de saúde, embora estes possam ser mais difíceis de calcular.

A pesquisa da OMS disse que é “razoável antecipar que mesmo uma interrupção modesta em serviços de saúde essenciais poderia levar a um aumento de morbidez e mortalidade de outras causas que não a Covid-19 no curto, médio e longo prazos”. Mais pesquisas são necessárias.

Ela também alertou que os problemas nos sistemas de saúde podem ser sentidos mesmo após o fim da pandemia. “O impacto pode ser sentido para além da pandemia imediata, já que, ao tentar colocar os serviços em dia, os países podem descobrir que os recursos estão sobrecarregados.”

“O impacto da pandemia de Covid-19 em serviços de saúde essenciais é uma fonte de grande preocupação”, disse um relatório sobre o estudo publicado nesta segunda-feira (31). “Grandes avanços na saúde obtidos ao longo das últimas duas décadas podem ser eliminados em um período de tempo curto…”

A pesquisa inclui respostas de mais de 100 países colhidas de maio a julho. Entre os serviços mais afetados estão as imunizações de rotina (70%), o planejamento familiar (68%) e os diagnósticos e tratamentos de câncer (55%). Os serviços de emergência foram afetados em quase um quarto dos países que responderam.

A região do Mediterrâneo Oriental, que inclui Afeganistão, Síria e Iêmen, foi a mais prejudicada, seguida pela África e pelo sudeste da Ásia, mostrou o levantamento, que não envolveu as Américas.

 

CNN BRASIL

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